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quinta-feira, abril 13, 2006

Manhã Submersa

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Hoje está um dia verdadeiramente bom. É um dia primaveril completo, com os pássaros e as flores, e as pessoas vestidas com cores alegres a contrastar a minha t-shirt preta (não é de propósito, mero comodismo, porque nem vale a pena pensar em algo para vestir). Este é praticamente o meu último dia de férias e vou passá-lo bem à minha imagem, fechada em casa a fazer as vontades pascais da minha mãe, que são muito mais importantes que qualquer outra tarefa mais agradável para a filha nas suas férias da Páscoa. E eu não me queixo, porque desta forma aproveito para estar da forma como melhor me sinto. Fechada. Mas isto começa a tornar-se doentio e o pior é que a culpa é minha. Eu não faço nada por aquilo que quero. Podia simplesmente ter pegado na porra do telefone e combinar qualquer coisa com as amigas para aproveitarmos estes últimos dias de férias, mas não. Porque qualquer alteração desta rotina escarnecida faz-me desesperar. Porque eu não suporto qualquer modificação mais repentina que me estrague os planos, que embora não tenham objectivo nenhum, são o meu suporte.
Ligar às amigas... elas estão bem, certamente arranjarão qualquer coisa para fazer. E fazem bem, porque é assim o normal da coisa. Amigas... há muito que não tenho amigas definidas. Fui-me afastanto aos poucos e quando dei por mim já não fazia parte de pessoas, mas estava mais solta de todos eles. Era o que eu queria. Sei que custa no início, mas com o tempo tem as suas compensações. Porque eu sei que tinha de redireccionar tudo na minha vida porque, no princípio do ano, quando mudei de escola, pensava que as coisas iam ser diferentes, mas acabou por se tornar no mesmo círculo fechado. Também não me posso queixar de tudo, eu sei, eu sei que encontrei pessoas especiais pelo caminho, o Anjo... Mas até ele me deixou mais palerma do que aquilo que já era, porque se por um lado me mostrou coisas maravilhosas, por outro faz-me sentir frustrada. Mas o problema não é dele, o problema é meu. Porque se eu tivesse alguém nada disto acontecia. Porque não consigo lutar por aquilo que quero quando isso interfere com outras pessoas. Não me arrependo disso. Mas ele mostrou-me, mais uma vez, que apenas serei sempre a outra para alguém que até seria capaz de me dar aquilo que preciso. E está certo, porque serei sempre a doida com as paranóias e as crises repentinas. Mas é nessas alturas que consigo ver melhor as coisas, mas ninguém me leva a sério. E depois, a única pessoa que é o meu mundo e que está sempre lá quando eu preciso e que é o elemento famíliar que toda a gente precisa ter, aquele mais próximo de nós, como se fosse nosso irmão, ou nosso primo, nem sequer faz parte da minha família, nem sequer vive na mesma cidade, nem sequer vê-lo de vez em quando posso... Tenho tantas saudades daquele abraço que quase me matou (sim porque ele apertou bastante, e fez de propósito ainda por cima :P), que só de pensar nele fico com um sorriso. É o meu maninho. Amo-te. Sim, porque a amizade é o maior dos amores.
Estou sozinha. Mas a verdade... não é assim que estou bem?
Eu não sei é o que quero. Sei o que tenho. Um dia magnífico para aproveitá-lo em casa, fechada, porque sou cobarde.

3 Comments:

Blogger Bruno Moutinho said...

A minha cor favorita para roupa também é o preto. ALiás, só não me visto sempre de preto porque não tenho roupa preta suficiente para o fazer. Ainda me lembro quando me comecei a vestir mais de preto as minhas colegas perguntavam-me: "morreu alguém?", ou então, "és gótico". Incrível! A roupa tem significados... Roupa não deixa de ser roupa... Temos é que nos sentir bem com ela.
Também tive tempos em que me afastei dos meus amigos, mas voltei a aproximar-me. Amigos, no verdadeiro sentido da questão tenho poucos, mas são muito próximos. São como irmãos para mim, completam-me. Depois tenho os chamados "amigos conhecidos". Concordo contigo quando dizes que a amizade é o maior dos amores. Mas no meu caso é um dos maiores amores, porque também conheço o amor no outro sentido.
É bom termos um anjo na nossa vida, eu próprio tenho um, que amo perdidamente e com o qual quero ficar eternamente.
Acho que te devias "soltar" mais. Sair, mesmo que sozinha, ires passear para jardins. Levares um livro para leres ou uma maquina fotográfica para recolher imagens de paisagens que gostes; ou até mesmo um bloco e uma caneta. Não devias passar estes anos de juventude trancada em casa. Aproveita-os.

sexta-feira, abril 14, 2006 12:58:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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terça-feira, janeiro 30, 2007 5:09:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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segunda-feira, fevereiro 05, 2007 12:43:00 da manhã  

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