Tem feito parte de mim, desde há já alguns anos, o estudo pormenorizado da História da Humanidade, do seu comportamento, da sua evolução ao longo dos tempos, das ideias, dos erros, dos passos acertados.
Nós que podemos olhar para trás é-nos facilmente perceptível toda essa evolução e todos esses grandes passos das pessoas que mais se destacaram em todo o desenrolar da História. Podemos avaliá-las! Podemos até adaptar inúmeras situações, interligá-las, e quantas e quantas vezes até seguir-lhes o exemplo e solucionar problemas do nosso dia-a-dia. Claro está, que também devemos ter como exemplo os erros cometidos e tentar não cair novamente na mesma situação. Ou pelo menos assim deveria ser.
Tenho como opinião que, uma das instituições que mais erros cometeu, mais atrocidades espalhou sobre as pessoas, mais jogos de medo jogou, mais proibições e privação de liberdade decretou, para não falar do sangue que apregoou para ser derramado, foi a Igreja.
Sendo Portugal um país católico, já por si só desde sempre com uma fraca aptidão para o que quer que seja, especialmente em relação a gerir a economia, a veracidade política sempre deixou a desejar, a pouca fertilidade dos solos que sempre condicionou a agricultura o que talvez, não só por isso, infelizmente, fez aumentar as importações e toda aquela lenga-lenga do ouro e do fraco investimento interno que ainda hoje se reflecte no “rótulo” do indivíduo português, famoso por não ser muito produtivo nem organizado, nem dotado de muita inteligência. Como dizia, sendo Portugal um país católico a situação agravou-se ainda mais devido à forma como a religião foi praticada. Isto tudo acentuado entre o século XIV a XIX, ditou todo o futuro que ainda hoje se reflecte por terras lusitanas.
Primeiro, quando mais precisávamos de gente dotada verdadeiramente para todas as contas, toda uma organização de vendas e comércio rico em especiarias e pedras preciosas que nos chegavam, das colónias que possuíamos espalhadas por todo o mundo, a Lisboa, falo claro dos cristãos-novos (judeus), obrigados a converterem-se ao Cristianismo por causa de toda a perseguição de uma Igreja pouco dada a liberdades de expressão, esse mesmo povo capaz de nos dar uma resposta positiva a toda a má gerência do reino foi expulso do país, refugiando-se então na Holanda, país que rapidamente prosperou e enriqueceu com todas as potencialidades de liberdade que ofereceu a todos os que do seu país quisessem fazer parte.
Mas até aqui, até podemos compreender! Portugal, sempre um país pequeno, ligado profundamente a crenças religiosas não consegue mudar de mentalidade e comete erros fatais. Falo do século XVII, um século de crises profundas.
Hoje vemos e compreendemos todos esses erros.
As mentalidades mudaram!
Todos se orgulham de pertencer ao século XXI, um século onde a globalização atinge a sua maior força! O multiculturalismo está por toda a parte, e é dentro dessas sociedades compostas por pessoas todas elas com diferentes ideias que a evolução acontece.
Todos nós gostamos de dizer que somos tolerantes às diferenças, às ideias diferentes, aos outros pontos de vista. “Tolerantes”, por si só já revela exactamente o contrário. O que nos dá o direito de pensarmos “Eu tolero-te!”?? Só isto daria para fazer outro novo post.
Ontem vi uma notícia, novamente na televisão, que me deixou revoltada. O facto de um aeroporto da (Grande) França (recordo que não falamos de um país como o nosso Portugalito) ter dispensado uma série de funcionários muçulmanos da livre circulação naquele estabelecimento. Estamos a falar de um país dos mais desenvolvidos do mundo!
E eu pergunto-me!! Então onde estão os Direitos Humanos? Onde estão as leis básicas que protegem a integridade de toda a pessoa humana? Será que, pelo contrario, afinal a sociedade mundana não evolui, e pior!! depois de ter o conhecimento de erros do passado volta ao mesmo?
É assim que pretendem acabar com o terrorismo?
Qualquer dia lembram-se de fazer um muro daqueles capazes de separar famílias entre si, dividindo o Ocidente do Oriente! Também isto não vos dá um sentimento de “déjà vú”??
Mas aí esquecer-se-iam da ETA e do IRA, não esquecendo da administração Bush, eleita pela segunda vez para governar aquele que muitos dizem ser o país mais influente do Mundo, que já pertencem ao Ocidente, não ao Oriente! O que vão fazer então? Dar uso à bomba atómica?
Digam de vossa justiça!